Sobre bordado e o que aprendi com ele

Para quem leu o primeiro post do ano aqui no blog, ou quem me segue no instagram, já sabe que aprendi bordado livre em 2018. Mas minha história com o bordado é bem mais antiga...



Em 2001, com 11 anos, pedi para minha professora de geografia me ensinar a bordar. E ela me ensinou, me deu algumas linhas e eu aprendi a bordar ponto cruz, bordado com fitas e até um pouco de vagonite ainda criança. Algum tempo depois, uma tia da minha mãe me ensinou alguns truques para aperfeiçoar meu avesso no bordado. Eu adorava aquilo e durante um tempo acabei vendendo toalhas bordadas para meus coleguinhas do prédio e da sala de aula. Ainda lembro das primeiras coisas que comprei com o dinheiro do meu bordado, uma blusinha e uma calça corsário (quem lembra disso?).

Acredito que eu tenha bordado até uns 13, 14 anos. Então parei. Sem um motivo muito claro, simplesmente comecei a me interessar por outras coisas e vida que segue. Porém, ano passado me deparei com os tais quadrinhos de bastidor bordados e de tanto acha-los lindos me perguntei por que não tentar bordar os meus? Foi assim que fui atrás de descobrir qual o nome daquele bordado e imaginem minha felicidade ao ficar sabendo que não era um único ponto e sim vários e o negócio chamava bordado livre. E é livre mesmo, amo essa idéia da liberdade, da variedade de pontos existentes que podem ser utilizados no mesmo bordado.





Foi assim que conheci o clube do bordado, que é um coletivo de meninas que dão aula de bordado, elas têm um canal no Youtube com tutoriais e muitas conversas incríveis e também um plano de assinaturas de riscos de bordado (que eu já assinei). Desde então tem sido um processo delicioso de aprendizado e aperfeiçoamento do meu bordado, sem contar tudo o que veio junto nesse pacote.

Bordar é pra mim hoje um escape, uma pausa na loucura da vida, no stress. É parar para me dedicar a algo que além de ser divertido me trás uma sensação muito gostosa de auto apreciação, não sei explicar muito bem, mas terminar um bordado me dá uma alegria muito grande e uma sensação de encantamento com o resultado do meu trabalho.

Bordado em andamento

Resgatar o fazer manual é algo que me trouxe muito aprendizado, tanto quanto a esse universo lindo de linhas, riscos e agulhas quanto sobre mim. Quem acompanha o blog desde o começo já leu aqui algumas vezes sobre a minha insegurança, ansiedade e sobre o fato de eu muitas vezes não acreditar que sou boa para fazer as coisas e o bordado me mostrou que não é bem assim. Que eu consigo fazer coisas bonitas e gostar delas. Tem sido uma experiência de resgate e conexão com meus sentimentos e com a minha história também. Pois criei uma espécie de ritual que eu tento realizar todos os dias, sentando em um cantinho confortável, colocar alguma música que eu gosto ou algo para "assistir" e apenas fazer alguns pontos no bordado que estiver em andamento, e agora tenho também um calendário pra bordar, então caso eu não esteja bordando nada, posso bordar os desenhos dos meses.

Hoje tenho o bordado somente como um hobby e já consegui até presentear com bordado, no futuro, talvez ele vire um negócio, mas nesse momento ele é apenas meu momento de delicadeza e até mesmo estudo, pois eu sempre aprendo algo novo. Inclusive, na lista de 101 coisas em 1001 dias eu tenho algumas metas referentes ao bordado, pois pretendo aprender cada dia mais. É algo que eu valorizo e que faço com muito carinho.


Você também borda ou tem algum outro hobby? Conta pra mim nos comentários?

Comentários

  1. oiê!

    que lindo esse post e que lindo são os teus bordados. <3 então... eu cresci vendo a minha mãe bordar. ela faz tapetes, bordados em toalhinhas, panos, bicos de fraldas e afins. ela é uma artesã das boas, mas nunca investiu. só faz as coisinhas pra casa mesmo ou pra presentear alguém.

    o teu post super me inspirou a aprender a fazer pra tentar escapar da ansiedade. pois eh, tbm sofro com ela. vou pedir um help pra minha mãe... ;)

    sendo beeeem sincero, acho que vc daria super certo com esse negócio de bordado. os teus desenhos ficaram tão lindos. eu compraria com certeza!!!

    bjs!

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    Respostas
    1. Oi Adriel ,tudo bem?

      Então eu admiro muito os artesãos. Mas muitas vezes vejo pessoas com muito talento desanimadas por não verem seu Trabalho recebendo o devido valor...
      Tenho certeza que sua mãe faz um lindo trabalho! E que ela pode te ajudar a aprender também.

      Eu adoro, me relaxa, me distraí. Sem contar a alegria de ver que podemos produzir coisas tão bonitas.

      Eu estou me organizando para vender meus bordados (preciso de uma grana agora), mas tenho que encontrar um caminho que eu dê conta de administrar.

      Obrigada pelo carinho!

      Beijos,
      Aline

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  2. Oie,
    Minha mãe faz o ponto cruz. Todos os dias de noite ela senta e passa horas bordando, é a melhor distração dela. Algumas coisas ela vende outras não.
    Eu também aprendi a bordar ainda criança, mas com o tempo fui me interessando mais por outras coisas e deixei o bordado de lado.
    Adorei o que você fez, quem sabe realmente vire um negócio.
    Beeeijooo!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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    Respostas
    1. Oi Grazi, realmente se torna um ritual. É bem gostoso sentar e trabalhar no bordado. Adoro o ponto cruz, mas ainda não fiz ponto cruz desde que voltei a bordar...

      A vida tem dessas de a gente ir mudando de interesses, super dinâmica sempre!

      Estou começando a planejar algo para ter uma renda extra com o bordado. Vamos ver o que consigo fazer.

      Obrigada pelo carinho!
      Beijos,
      Aline

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